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DIABETES - UMA BREVE INTRODUÇÃO

A diabetes é uma doença de causas variadas que afeta o metabolismo humano. No entanto, todas as suas causas estão ligadas à insulina. ...

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Hipoglicemiantes orais Parte I




Atualmente nós podemos dividir os medicamentos que controlam a diabetes em dois grandes grupos: os partir da insulina e análogos e os medicamentos orais. Estes medicamentos orais são utilizados principalmente para o tratamento do diabetes tipo 2. Eles serão divididos em oito variedades de antidiabéticos orais que irão agir de formas diferentes na redução de glicose no sangue:
Sulfoniluréias: Esse medicamento tem como função diminuir a glicose, estimulando a secreção de Insulina e aumentando a reposta à mesma por meio da sensibilização dos receptores insulínicos dos tecidos.
A ação extra pancreática desse fármaco é reflexo da redução na produção de glicose hepática. As Sulfoniluréias então, agem diminuindo a glicose sanguínea por meio da estimulação da secreção de Insulina pelo pâncreas. Esse resultado ocorre por conta do funcionamento das células beta, que agora estão sensíveis. Porém, existem benefícios observados nos mecanismos das sulfoniluréias em prazos prolongados em dados coletados pelo teste de tolerância à glicose (exame que identifica a resistência à insulina). Eles mostram uma sensibilidade maior à insulina pelo tratamento a longo prazo, o que não é exclusivamente pela influência pancreática.
Os medicamentos mais usados dessa classe são: glibenclamida, glimepirida, glipizida e clopropamida. Essas drogas possuem dosagens de 1 a 2 vezes ao dia antes das refeições e possuem efeitos semelhantes na glicemia, se diferenciando por conta de seus efeitos colaterais, do número de doses ao dia e de suas interações com outros fármacos. 
Meglitinidas:
Assim como as sulfoniluréias, elas estimulam a secreção de insulina por meio da inibição das células β-pancreáticas: com a despolarização das células, há um estimulo maior de cálcio intracelular, que conduz não só ao aumento na translocação, mas também à fusão de canais de insulina na membrana celular, o que resulta no aumento da secreção do peptídeo-C pró-insulina. Sua vantagem se deve à sua ação rápida (30minutos) e à sua curta duração pós-pandrial (3 horas), possibilitando este tempo de ingestão.
Biguanidas:
Esse tipo de remédio altera o metabolismo de gordura, causando diminuição da resistência à insulina na Diabetes Tipo 2, promovendo a redução da sua produção hepática de glicose por meio da diminuição da glicogenólise e da gliconeogênese, assim estimulando a glicólise nos tecidos. Seus derivados são: Fenformina, Buformina, Metformina. A buformina e fenformina têm provocado mais frequentemente a acidose láctica, assim, se indica a metformina, que raramente ocasiona acidose láctica e que diminui o peso por conta da perda de apetite e reduz a hiperglicemia, visto que a concentração das lipoproteínas LDL e VLDL diminuem e a do HDL aumenta. Por estas causas, é um dos fármacos mais indicados e pode ser combinado as sulfoniluréias.

Tiazolidinedionas:

São hipoglicemiantes que aumentam a atividade da insulina, porém não estimulam a secreção de insulina, pois haverá uma quantidade grande de insulina já produzida pelo pâncreas pois esse medicamento é indicado quando a diabetes se deve à baixa sensibilidade insulínica das células. Ele é liberado na corrente sanguínea, aumentando a atuação da insulina presente no plasma sanguíneo. Ocorre também um aumento no consumo de glicose no músculo, dependente da insulina. A única droga deste tipo disponibilizada pela ANVISA é a pioglitazona, que tem como função melhorar a ação da insulina no músculo e no tecido adiposo, promovendo diminuição da glicogenólise no fígado. A é recomendação é uma dose única diária, que isoladamente não causará hipoglicemia. 

Feito por :Marco Silva


Bibliografia:
https://hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/saiba-como-funcionam-medicamentos-para-reducao-glicose-sangue.aspx
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABhGsAH/hipoglicemiante-farmacologia